quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Mais um alerta a todas as mulheres.....e aos homens que as amam!!!!!

Eu sabia que os ataques cardíacos nas mulheres são diferentes, mas
nunca imaginei nada como isto. Esta é a melhor descrição que li sobre esta
terrível experiência...

Sabias que os ataques cardíacos nas mulheres raramente apresentam os
mesmos sintomas 'dramáticos' que anunciam o infarto nos homens? Me refiro à dor
intensa no peito, o suor frio e o desfalecimento (desmaio, perda de
consciência) súbito que eles sofrem e que vemos representados em muitos filmes.

Para que saibam como é a versão feminina do infarto, uma mulher que
experimentou um ataque cardíaco nos vai contar sua história:

'Eu tive um inesperado ataque do coração por volta de 22h30min, sem
haver feito nenhum esforço físico exagerado nem haver sofrido algum trauma
emocional que pudesse desencadeá-lo. Estava sentada, muito agasalhadinha, com
meu gato nos joelhos. Lia uma novela muito interessante, com o meu pijama
preferido e muito relaxada, enquanto pensava: 'Que lindo, isto é vida...!'

Um pouco mais tarde, senti uma horrível sensação de indigestão, como
quando - estando com pressa - comemos um sanduíche, engolindo-o com um pouco de
água e parece que temos uma bola que desce pelo esôfago, bem devagar, meio
embuchando-nos.

É, então, que nos damos conta de que não deveríamos comer tão depressa
e que deveríamos mastigar mais devagar e melhor, além disto, tomar um copo de
água para ajudar ao processo digestivo.

Esta foi minha sensação inicial... O 'único problema' era que eu NÃO
HAVIA comido NADA desde às 17h00min...

Depois, desapareceu esta sensação e senti como se alguém me apertara a
coluna vertebral (pensando bem, agora acredito que eram os espasmos em minha
aorta). Logo, a pressão começou a avançar para o meu externo (osso de onde
nascem as costelas no peito). O processo continuou até que a pressão subiu à
garganta e a sensação correu, então, até alcançar ambos os lados de meu queixo.

Ahá!! Nesse momento, soube realmente o que estava se passando comigo...
Acredito que todos temos lidos ou escutado que a dor no queixo é sinal de um
ataque do coração.

'Santo Deus, acredito que estou tendo um ataque cardíaco!' disse ao
gato. Tirei os pés do pufe e tratei de ir até o telefone, mas caí no chão...

Então, disse: 'Isto é um ataque cardíaco e não deveria caminhar até o
telefone nem a nenhum outro lugar, mas... se não digo a ninguém o que se está
passando, ninguém poderá me ajudar... E se demoro, talvez não possa mover-me
depois.'


Me levantei me apoiando em uma cadeira e caminhei devagar até o
telefone para chamar a emergência. Lhes disse que acreditava que estava tendo
um ataque cardíaco e descrevi meus sintomas. Tratando de manter a calma,
informei o que se passava comigo. Eles me disseram que viriam imediatamente e
me aconselharam deitar-me perto da porta, depois de destrancá-la para que
pudessem entrar e me localizar rapidamente.


Segui suas instruções, me deitei no chão e, quase imediatamente, perdi
os sentidos. Não lembro quando, como entraram os médicos e nem quando me
levaram de ambulância. Mas, vagamente, lembro de haver aberto os olhos ao
chegar no hospital e ver que o cardiologista estava esperando pronto para levar-
me à sala de cirurgia. O médico se aproximou e me fez algumas perguntas (creio
que perguntou se havia tomado algum medicamento) mas não pude responder nem
entender o que me dizia porque voltei a perder os sentidos. Acordei com o
cardiologista - como descobri após algumas horas - havia introduzido um pequeno
balão em minha artéria femoral para instalar dois 'stents' que mantivessem
aberta minha artéria coronária do lado direito.


Sei que parece que tudo o que fiz antes de chamar a ambulância houvesse
demorado uns 20 ou 30 minutos, mas na realidade apenas me custou 4 ou 5
minutos... E, graças a minhas explicações precisas, os médicos já estavam
esperando prontos para atender-me adequadamente quando cheguei ao hospital.


Vocês se perguntam porque lhes conto tudo isto com tanto detalhe
demorado... É simplesmente porque quero que todos saibam o que aprendi depois
desta terrível experiência.

Passo, então, a resumir alguns pontos:

1.Tenham em conta que seus sintomas, provavelmente, não serão parecidos
em nada aos que padecem os homens. Eu, por exemplo, senti a dor no externo e no
queixo. Dizem que muitas mais mulheres que homens morrem em seu primeiro (e
último) ataque cardíaco porque não identificam os sintomas e/ou os confundem
com os de uma indigestão. Então, tomam um digestivo e logo vão para a cama
esperando que o mal-estar desapareça durante a noite. Também, porque - por
razões culturais - nós, as mulheres, estamos acostumadas a tolerar a dor e o
desconforto mais que os homens. Queridas amigas: Talvez seus sintomas não sejam
iguais ao meus, mas, por favor, não percam tempo. CHAMEM a AMBULÂNCIA, se
sentem que seu corpo experimenta algo estranho. Cada um conhece o estado
natural (normal) de seu corpo. Mais vale uma 'falsa emergência' do que não
atrever-se a chamar e perder a vida...


2.Notem que disse 'chamem os Paramédicos/Ambulância'. AMIGAS, o tempo é
importante, Além disto, não pensem dirigir nem deixem que seus esposos ou
familiares as levem ao hospital. Além de que ninguém está em condições de
dirigir sem que os nervos os atraiçoem, seus sintomas podem agravar-se no
caminho do hospital e complicar as coisas. Tampouco é recomendável chamar O
MÉDICO para que venha à sua casa. Além de perder minutos preciosos, poucos
médicos levam em seu carro equipamento 'salva-vidas' necessário nestes casos; a
ambulância, sim está totalmente equipada. Principalmente, tem oxigênio que
precisarás de imediato. Em todo caso, o hospital notificará teu médico depois.


3. Não acreditem que não possam sofrer um ataque cardíaco porque seu
colesterol é normal ou 'nunca tiveram problemas cardíacos'... Se descobriu que
o colesterol por si só (a menos que seja excessivo) raramente é a causa de um
ataque cardíaco. Os ataques cardíacos são o resultado de um stress prolongado
que faz que nosso sistema segregue toda classe de hormônios daninhos que
inflamam as artérias e tecido cardíaco.


Por outro lado, as mulheres que estão entrando na menopausa ou já a
ultrapassaram, perdem a proteção que lhes brindava os estrogênios, pelo que
correm igual risco de sofrer mais problemas cardíacos do que os homens.

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